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COPLACANA 74 anos: evolução constante para o cooperado

Tempo de Leitura: 9 min

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Foi graças à iniciativa de 57 produtores rurais, que se uniram para adquirir fertilizantes agrícolas em conjunto, que nasceu a COPLACANA no dia 10 de outubro de 1948.

Com sede em Piracicaba, o primeiro Conselho de Administração era formado por Dácio de Souza Campos (presidente), Domingos José Aldrovandi (gerente), Mário Áreas Witier (secretário) e pelos conselheiros, Antonio Bachi e Antonio Stolf.

Completando 74 anos, a história da cooperativa, que nasceu com a finalidade de facilitar a vida do pequeno produtor que tinha dificuldades para adquirir insumos e assistência técnica, confunde-se com a própria história do agronegócio brasileiro.

Viagem ao passado

A agricultura faz parte das experiências acumuladas pelo homem ao longo do tempo.

Os primeiros sistemas de cultivo que se tem conhecimento datam do período neolítico, há menos de 10 mil anos.

De lá para cá, o homem foi aperfeiçoando técnicas que evoluíram a partir das características de cada região, clima e relevo, até chegarmos ao sistema de produção agrícola atual: mecanizado, fertilizado com auxílio de insumos e especializado, deixando de ser apenas fonte de sobrevivência para se transformar na potência econômica que é hoje o agronegócio nacional.

Até a chamada segunda revolução agrícola, ocorrida em meados do século XX, a agricultura brasileira era muito diferente.

Além das monoculturas de cana-de-açúcar e café, eram produzidos gêneros de primeiras necessidades, como arroz, feijão, milho, legumes e outros.

Também nas propriedades rurais eram produzidos e adaptados veículos de transporte básico e insumos como adubos orgânicos e sementes.

Foi depois da Segunda Guerra Mundial (1945) que a agricultura mudou adentrando a era da chamada Revolução Verde.

O período foi marcado pela renovação da base técnica produtiva por meio do uso de insumos químicos (fertilizantes e defensivos químicos), maquinário agrícola e sementes híbridas de alto rendimento (pacotes tecnológicos aplicados a diversas partes do mundo). Tais mudanças acarretaram aumento da produtividade e dos custos de produção, o avanço de monoculturas sobre a pequena agricultura familiar, financeirização das atividades agrícolas e maior participação de grandes corporações.

Embora a Revolução Verde só tenha se consolidado no Brasil e em outros países subdesenvolvidos a partir dos anos 60, a COPLACANA foi visionária e soube se adequar bem a essas mudanças, sempre de maneira a garantir que seus cooperados tivessem condições de participar de todo esse processo de maneira competitiva e sustentável.

Nesses 74 anos de atuação, a COPLACANA passou a atender, além de produtores de cana, pecuaristas e produtores de grãos, começou a comercializar maquinários e implementos por meio de parcerias com a Massey Ferguson, e mais recentemente a Kuhn,  ampliou sua presença para Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul, conta com uma área de agricultura de precisão, mantém 33 lojas que oferecem mais de 12 mil itens em seu portfólio, possui uma fábrica de ração, boitel, uma Central de embalagens para descarte correto das embalagens de defensivos, bem como o Avance Hub, criado para oferecer tecnologia de ponta e inovação a seus cooperados.

Grandes mudanças

Diante desse cenário de grandes mudanças e crescimento, José Coral, vice-presidente da COPLACANA, defende que a cooperativa é exemplo de que o progresso pode ser constante.

“Rumo aos seus 74 anos de história vemos como a cooperativa cresceu. Hoje a entidade conta com filiais espalhadas pelo Brasil, nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Goiás, com milhares de cooperados. Ao longo desses anos estamos cumprindo a nossa missão, construímos uma marca, uma unidade, uma força em favor do agronegócio”, ressalta.

Para Coral, a COPLACANA é importante, não só como facilitadora na produção agrícola de forma sustentável, mas também no desenvolvimento e aplicação de tecnologias que facilitam a vida das famílias no campo.

“Nossos sonhos e projetos não param. Foram mais de 20 anos à frente como presidente, hoje como vice-presidente, tenho muito orgulho em participar ativamente dos seus 74 anos. Para o futuro, esperamos crescer ainda mais, continuar essa história com bons parceiros. Espero que a cooperativa continue firme, forte, bem administrada, com um quadro de profissionais qualificados que acreditam no setor e em nosso trabalho”, reflete.

Na avaliação de Arnaldo Antonio Bortoletto, presidente da COPLACANA, seus 74 anos são marcados pelo crescimento minuciosamente planejado, que diversificou as culturas trabalhadas e levou sua presença para outros Estados.

Dentro dessa expansão, Bortoletto defende que a instalação do processo de governança da cooperativa é o grande destaque.

“Graças ao processo de governança, há mais de dez anos temos uma diretoria eleita e uma contratada, que aumentou ainda mais a profissionalização dentro da cooperativa, nosso grau de transparência, bem como nosso tamanho, desenvolvendo-se  concomitantemente ao setor do agro, que agora está muito forte”, afirma Bortoletto.

Assim, a cooperativa vem conseguindo se desenvolver e atingir seus objetivos que são oferecer produtos de qualidade, elevar a produtividade dos cooperados para que cresçam junto à COPLACANA.

“Pensando nesse movimento, criamos a área de agricultura de precisão e inovação tecnológica com o nosso Avance Hub, que visa filtrar novas empresas que criam soluções específicas para o agro e melhorem os resultados de nossos cooperados”, diz o presidente.

Para Roberto Rossi, diretor de negócios, a trajetória da governança é também o que marca esses 74 anos da COPLACANA.

Com sete anos de casa, Rossi relembra que os últimos anos foram dedicados a consolidar a governança da entidade. “Mudamos nosso estatuto para melhorar a gestão da cooperativa, trouxemos diretores executivos de mercado não cooperados, o que acelerou nosso processo de tomada de decisão e nosso planejamento estratégico mudou de patamar. Muito desse mérito vem do Arnaldo Antonio, do Coral e Marcão por terem entendido o momento, a necessidade de acelerar a profissionalização que a cooperativa precisava, tornando-a mais forte, perene em um mercado cada vez mais competitivo”, afirma Rossi.

Há dois anos e meio na COPLACANA, Fábio Veloso, diretor de operações sente-se orgulhoso em fazer parte de uma “instituição que consegue manter sua história, sua essência, o olhar muito forte para o cooperativismo, sua relação com os cooperados, manter isso nos dias atuais não é fácil e muitas cooperativas acabam perdendo isso ao longo do tempo”.

Para Veloso, levar a COPLACANA para onde ela está hoje, com 74 anos, mantendo tudo isso foi uma conquista enorme.

“Evoluir crescer, aumentar faturamento, aumentar número de filiais, expandir para vários estados, conseguir entrar em outras culturas, outros segmentos, algo que foi um desafio enorme e que podemos agora dizer que é uma conquista, porque estamos muito presentes nas áreas de grãos, de máquinas, de implementos, ração. Essa conquista é da COPLACANA, chegar no momento atual, mantendo toda a tradição, todas as coisas boas que foram construídas nesse período”, diz Veloso.

Essência cooperativista

Conseguir aliar crescimento sem perder de vista sua origem cooperativista é um dos grandes trunfos desses 74 anos de história.

O cooperado é o centro de tudo.

Há 26 anos na COPLACANA, o analista financeiro, Angelo Ednelson Marchi, viu grandes mudanças acontecerem na cooperativa, como sua expansão para outros estados e a diversificação de cultura, sem esquecer que facilitar a vida do produtor rural é seu negócio.

“Vi muitas mudanças, todas elas sempre visando o bem-estar do cooperado com preços bem acessíveis. Só posso desejar parabéns pelos 74 anos. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa equipe”, afirma Marchi.

Há 21 anos trabalhando para a COPLACANA, Maria José de Oliveira é caixa na filial de Charqueada e destaca a contratação do ERP da SAP como um dos destaques dessa comemoração.

“Estamos crescendo muito, vejo isso pela própria filial, que fez contratações recentes, tanto na área de vendas, como administrativa. E o sistema novo que agora está sendo implantado só vem para melhor atender os cooperados. Quero dar os parabéns pela data e que Deus continue abençoando a diretoria, todos os envolvidos, dando discernimento e sabedoria, e que cada dia aprendamos a lidar com diferentes situações e focar nas melhores oportunidades para os cooperados e seus colaboradores”, defende Maria José.

Ivana Zélia Bossi Granussio é outra veterana, colaboradora da COPLACANA há 28 anos, hoje exerce o cargo de gerente de processo e controle interno.

Para ela, um marco importante das mudanças pelas quais a cooperativa vem passando está a parceria realizada com a Raízen para fornecer insumos aos cooperados que forneciam cana para a empresa.

“Essa foi uma grande sacada da diretoria para alavancar nosso faturamento. A partir daí, a COPLACANA teve essa ascensão magnífica, com crescimento de faturamento, de atividades, de novas filiais”.

Ivana também cita a contratação da SAP como um novo marco para a entidade.

“Esse é um grande processo de transformação que vai além da mudança de ERP, é uma mudança da COPLACANA como um todo, mudança de cultura, no pilar de pessoas, no pilar de processos e formas de trabalho. É um avanço tecnológico gigantesco e que se relaciona com a consolidação de nosso processo de governança. Sinto muito orgulho de fazer parte dessa história, estamos trabalhando muito duro pra gente desenvolver tudo que precisamos aqui dentro, que sabemos que são a base para esse crescimento sustentável, para que ela se perpetue sendo uma das principais cooperativas do Brasil”, diz Ivana.

Cássio Rogerio Lamontanha entrou na COPLACANA EM 1991, como ajudante de serviços gerais e hoje é vendedor.

Lamontanha recorda-se de ter visto muitas mudanças, com destaque para o crescimento do número de filiais.

“Desde que entrei, acompanhei muitas mudanças e sempre foram para melhor. Vi a empresa crescer e expandir com várias filiais, sempre pensando nos cooperados e também nos colaboradores. Percebi isso no dia a dia, sempre inovando e buscando novas tecnologias, dando treinamento para que nós possamos atender cada vez melhor nossos clientes. Desejo que a Coplacana nunca deixe de crescer e esteja sempre inovando com o agro”.

A COPLACANA foi o primeiro emprego de Vera Lúcia Pires de Moraes Lima, coordenadora da filial Nova Odessa.

Em 1989, ela se lembra de que a parte administrativa e financeira era toda feita manualmente e do quanto foi revolucionário a adoção dos primeiros sistemas informatizados de controles e processos.

Antigamente, era tudo manual, tudo por ficha. Depois entrou a informática, veio o MS-DOS, criou-se um programa bem simples, começaram a aumentar as filiais. A mudança foi radical e maravilhosa da COPLACANA porque percebemos que foi um crescimento estruturado, o Arnaldo Antonio Bortoletto, o seu Coral e o Marcão sempre estiveram à frente dessas mudanças que visavam acompanhar a movimentação do agro de forma estratégica, inteligente e com muito amor ao que fazem. Fico feliz em fazer parte dessa história”, comemora Vera.

A COPLACANA também foi o primeiro emprego de José Roberto da Silva, que chegou na cooperativa em 1994, como um recém-formado técnico agrícola. Hoje, RTV da filial Cosmópolis, ele recorda que os cooperados o chamavam de moleque porque era muito jovem.

“Quem ainda está vivo, me chama carinhosamente de doutor. Esse moleque que eles falavam é um profissional que aprendeu e aprende diariamente com a COPLACANA”, diz Silva.

O RTV se lembra das mudanças nos sistemas convencionais de produção, de custos e de como a cooperativa foi se adequando e melhorando dia após dia, “com inovação, com as tecnologias que foram chegando, com as novas pessoas que foram adentrando a equipe e fomos crescendo juntos. Os cooperados têm um respeito, uma afinidade grande com a COPLACANA e são fidelizados, fazem questão de ser atendidos por nós, o que é muito gratificante”, afirma.

O que esperar do futuro

Datas comemorativas servem para refletir sobre a nossa história e o que esperamos para o futuro. Rossi diz que o futuro da COPLACANA já está sendo desenhado, pensando que o setor do agronegócio não para e que vem muita coisa pela frente.

“Estamos nos adequando às mudanças, sem descuidar das pessoas que estão aqui com a gente. Precisamos de um time engajado, que tenha propósito, que entenda o que é uma cooperativa, como atender bem o cooperado, e a gente tem cuidado bem para ter um time forte, que entenda seu propósito, e o propósito da cooperativa”.

Veloso acredita que o futuro deve ser muito diferente do que já vemos hoje, pois as mudanças são cada vez mais rápidas.

“Acredito que teremos muita automação, robôs, processos industriais mais modernos e vamos ter que conectar esse mundo mais digital, mais tecnológico com as pessoas, que é a essência do cooperativismo, que é a essência da nossa cooperativa, e que é o que nos faz ser uma cooperativa de sucesso”.

Para o futuro, Bortoletto imagina uma cooperativa cada vez mais à disposição dos cooperados.

“Também desejo que nossos colaboradores sejam cada vez mais capacitados, treinados para dar o melhor de si e levar toda essa gama de tecnologia que vem, que está embutida nos serviços que oferecemos. Espero que as tecnologias novas venham gerar maior economia na parte financeira, um meio ambiente mais saudável, com produtos, com biosoluções que possam ser incorporadas e tenham menos riscos ao meio ambiente”, afirma o presidente da COPLACANA.

José Coral, importante personagem da história da COPLACANA  e do que a entidade é hoje, afirma que a cooperativa é exemplo de que o progresso pode ser constante.

“Ao longo desses anos estamos cumprindo a nossa missão, construímos uma marca, uma unidade, uma força em favor do agronegócio”, finaliza Coral.

Dia do Engenheiro Agrônomo

O dia do engenheiro agrônomo é comemorado em 12 de outubro.

A profissão é de extrema importância para o desenvolvimento e evolução do agronegócio.

Em 1931, a Escola Agrícola Prática de Piracicaba teve seu nome alterado para Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” e, em 1934, a Esalq passou a integrar a recém-criada Universidade de São Paulo.

A primeira profissão superior da área tecnológica, regulamentada, foi a do Engenheiro Agrônomo, pelo Decreto Nº 23.196 assinado pelo Governo Provisório da República, Getúlio Dornelles Vargas em 12 de outubro de 1933.

O Curso de Engenharia Agronômica da Esalq – USP foi criado pelo decreto n.863-A, de 29 de dezembro de 1900, a primeira turma iniciou os estudos em 1901 e se formou em 1903 com sete alunos.

Desde sua criação até o início de 2021, a Esalq formou 12.430 profissionais em Engenharia Agronômica.

A coordenadora do curso de engenharia agronômica da Esalq – USP, doutora Sônia Maria De Stefano Piedade, conta que o aluno de engenharia Agronômica da Esalq ingressa no mercado de trabalho com sólida formação técnico-científica, capacitado para atuar nas áreas de vanguarda do seu campo profissional, sem desconhecer, entretanto, a realidade social do campo.

Para isso, durante os cinco anos do curso, os alunos interagem com diferentes áreas de conhecimentos, destacando-se as que integram a pauta das principais pesquisas ligadas às ciências agropecuárias, sociais e ambientais, passando da biologia molecular aos processos de operação de modernas máquinas agrícolas rastreadas por sete satélites, ao emprego da irradiação na conservação dos alimentos, agroenergia, biotecnologia e à administração de agronegócios.

“A profissão se torna cada vez mais importante e unida à tecnologia, que hoje é grande aliada no campo, o engenheiro agrônomo obtém resultados precisos e sucesso no trabalho, aumentando a eficiência, a rentabilidade e mantendo a sustentabilidade. A engenharia agronômica é uma profissão ampla e abrangente que dá opção de escolha para o aluno atuar em muitas vertentes do agro, com retorno e satisfação do profissional. A atuação do engenheiro agrônomo no agronegócio brasileiro é imprescindível e as oportunidades em todas as áreas das ciências agrárias são muitas”, afirma Sônia.