Menu

Menu

Histórias que Conectam

José Coral: um legado de mais de 50 anos de cooperativismo

Tempo de Leitura: 3 min

Envie para seus amigos

Um legado repleto de conquistas e sucesso.

Assim pode ser definida a trajetória do vice-presidente da COPLACANA, José Coral.

Aos 82 anos de idade, ele, que ergueu um império com muita determinação, é conhecido por todos como um homem íntegro, sábio e exemplo de força.

Em entrevista à Revista COPLACANA, Coral conta sua história e os desafios enfrentados nestes mais de 50 anos de cooperativismo.

Piracicabano, o produtor rural tem raízes no campo, mas já atuou, também, como gerente de instituição financeira e vereador.

Nesta linha do tempo, seguida de bate-papo, você conhecerá mais sobre essa figura emblemática.

  • 1969 a 1972: gerente da sessão bancária COPLACANA
  • 1973 a 1995: diretor gerente da Sicoob/COCREFOCAPI
  • 1977 a 1981: vereador em Piracicaba (SP)
  • 1985 a 1991: diretor gerente da COPLACANA
  • 1991 a 1994: vice-presidente da Afocapi
  • 1994 a 2012: presidente da COPLACANA
  • 1991 a 1994 e 2012 até 2022: presidente do Sindirpi
  • 1994 até hoje: presidente da Afocapi

 

De que forma começou sua trajetória?

Sou filho de Santo Coral e Albina Tavares Coral, pequenos produtores. Morava no sítio, no bairro Guamium (Vila Fátima), nasci e trabalhei na agricultura até os 17 anos e estudava à noite. Sou formado na faculdade da vida.

Nos dias atuais, sou produtor de soja, milho e trigo em Taquarituba (SP) e planto cana-de-açúcar em Santa Olímpia, em Piracicaba (SP), e Charqueada (SP). Estou no setor e pretendo sempre continuar, afinal, toda minha família se envolveu.

Sempre joguei futebol amador, apitava jogos. Participei de tudo na parte esportiva. Foi um grande prazer.

Depois, entrei no Banco Moreira Sales e fiz uma carreira bonita. Na sequência, participei da primeira Assembleia e fundei o banco da cooperativa, a Cooperativa de Crédito dos Fornecedores de Cana, que virou esta potência de hoje.

Após essa experiência, fui gerente na COPLACANA por dois mandatos, quando assumi a presidência. Hoje, como vice-presidente, estou sempre junto, trabalhando, acompanhando a Diretoria e crescendo ao lado deles.

Poderia citar algumas lembranças do início da cooperativa?

Quando estava na gerência, a COPLACANA era pequena, possuía apenas quatro filiais. Nem sempre foi fácil, passamos por várias dificuldades.

Com a expansão, criamos a Unidade de Grãos a partir da necessidade de produtores que queriam plantar soja, mas não tinham onde entregar. Hoje, temos parceria com mais de 50 silos.

Já o Boitel foi construído após recebermos a demanda de um grupo de produtores que tinham gado, mas não queriam vender naquele momento e precisavam de um local para engorda até o pasto descansar.

Participei de tudo e vejo o progresso. De 80 funcionários, crescemos para 800 colaboradores.

 

Como foi a compra da Unidade de Grãos da COPLACANA?

Há 40 anos compramos a área, que tem 29 alqueires, da Usina Monte Alegre. Fizemos uma dação. Durante muitos anos, plantamos cana-de-açúcar e, hoje, fazemos, nela, eventos maravilhosos como o COPLACAMPO. Ao olhar para trás, vejo o crescimento espantoso que tivemos, pois a quantidade de expositores e visitantes quase dobrou. Estou feliz, porque vi vários amigos, fornecedores com os filhos crianças mostrando para eles a tecnologia, os equipamentos, tratores, implementos modernos para os dias de hoje.

 

Qual o sentimento olhando para trás e vendo todo este crescimento?

Orgulho é a palavra que define. Eu me sinto realizado. Durmo pouco, pois fico pensando nas entidades e sonho com os amigos agricultores. Não tem coisa melhor e nem dinheiro que pague ter tantos conhecidos e cumprimentar diversas pessoas por onde passo.

 

O que espera para o futuro da COPLACANA?

Um futuro promissor. Estamos num crescimento acelerado, com administração corporativa séria, tutelada por diretores executivos.

Temos orgulho em continuar nessa constante evolução!

 

Há algum sonho que ainda deseja realizar?

Já tenho três filhos maravilhosos, seis netos, trigêmeos estudando, na faculdade, e dois bisnetos. Então, realizei praticamente tudo. O que mais desejo, agora, é que Deus me dê saúde para festejar os 100 anos de idade. Estão todos convidados, estou guardando um boi por ano! (Risos).

 

Na sua visão, como definiria o significado do agro?

É a salvação do mundo. Temos condições climáticas, áreas e pastagens para produzir comida para todos.