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Check-list da sucessão: desafios e caminhos para propriedades familiares

Tempo de Leitura: 3 min

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O planejamento sucessório possibilita descobrir os potenciais da empresa/propriedade e da família para a sucessão.

Identificar as aptidões dos sucessores e propiciar um plano de desenvolvimento dão a sustentação necessária para a próxima geração.

Mas você sabe como colocar isso em prática?

Para desenvolver os jovens e prepará-los para a gestão, e com isso garantir a perenidade do negócio, a COPLACANA promoveu, em 8 de novembro, uma palestra enriquecedora sobre os “Desafios e caminhos de sucessão da empresa familiar para perenidade e criação de valor”.

O evento online, destinado aos membros do Núcleo Jovem, contou com a expertise dos renomados especialistas Susana Campos e Telmo Schoeler.

“É extremamente importante que a COPLACANA introduza isso, trazendo a temática de maneira apropriada ao segmento, viabilizando a identificação desses potenciais e formando profissionais com capacidade para assumir os negócios familiares no futuro”, comentou Susana.

 

Por onde começo?

Para Susana, um dos principais desafios é conscientizar as famílias sobre a necessidade do planejamento sucessório.

“Muitas vezes, a sucessão é vista somente dentro do aspecto de falecimento do fundador e isso não é verdade, uma vez que o planejamento sucessório possibilita a definição das regras para a sucessão, tanto para a sucessão do patrimônio, sucessão da gestão e sucessão das pessoas”, explicou.

O primeiro passo é identificar se na próxima geração há vontade de um dos membros da família em assumir os negócios.

O segundo é analisar o perfil comportamental e potencial para assumir, pois não se trata somente da vontade, apesar de ela ser o primeiro aspecto relevante a ser observado.

No caso de a família optar pela sucessão de um familiar, é de suma importância desenvolver o sucessor para tal responsabilidade, e isso implica em fazer uma imersão nos negócios familiares, formação educacional apropriada e, muitas vezes, ter o apoio de profissionais experientes para garantir a continuidade dos negócios familiares.

 

E os próximos passos?

Conforme explicado por ela, fazer sucessão sem o devido planejamento implica em assumir riscos de continuidade do negócio.

“A tradição, no que se refere aos valores e propósito, devem ser mantidos e valorizados, porque foi o que trouxe as empresas até aqui, mas os seus produtos ou serviços devem ser inovados para garantir as demandas do mercado, essas sim, flexíveis, móveis e mutáveis. A empresa familiar precisa aderir à inovação pelo simples fato de se manter viva no negócio, porque o mercado muda, as demandas mudam e as empresas precisam se adaptar a esse contexto para garantir a sua perenidade. Temos muitos exemplos de empresas que se não se atentaram à inovação no seu mercado de atuação e que quebraram, porque não as demandas passaram a ser outras.”

A palestrante mostrou que promover uma imersão na empresa para entendimento do negócio é fundamental a fim de que os sucessores tenham uma visão sistêmica e acompanhem a tomada de decisões para compreenderem impactos dessa atuação.

“É importante que as empresas tenham um modelo de governança corporativa implementado. A profissionalização da gestão passa pela definição de estratégia, processos, tecnologia e pessoas adequadas para a continuidade do negócio. Envolve capacitação, estrutura e governança adequados para cada tipo de empresa”, disse.

As mudanças tecnológicas também influenciam o nível de competividade e produtividade das empresas do setor agropecuário, conforme Susana.

“Na linha do tempo, isso implica em continuar o negócio ou morrer pela obsolescência. Quando tratamos de sucessão, a tecnologia permeia o modelo de gestão do negócio e suas implicações na capacitação dos gestores desse negócio, que não basta entender dos processos do setor, como também analisar como a tecnologia poderá favorecer o aumento da competividade do seu negócio e o impacto direto é a ampliação no nível de complexidade da gestão.”

A diversificação de produtos e serviços é outro fator importante.

Ela faz com que as empresas familiares se atualizem com relação às demandas de mercado e na medida que elas evoluem no atendimento dessas demandas e criam possibilidades de perenidade empresarial.

Observar os desafios de transferência patrimonial com o apoio de um advogado, segundo Susana, é de vital importância para levantar todos os aspectos envolvidos de acordo com o negócio, tais como documentos, características da propriedade/negócio, definição de estatuto, acordo de família, entre outros.

Há instrumentos dentro da Governança que podem auxiliar, mas é necessário definir as intenções dos fundadores para que os melhores instrumentos jurídicos possam apoiar e trazer legalidade à sucessão.