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Reunião técnica elabora proposta de regionalização do Vazio Sanitário da Soja em São Paulo

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Promovida pela Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), a matriz da COPLACANA, em Piracicaba/SP, sediou, nos dias 11 e 12 de abril, uma reunião técnica que teve como objetivo a elaboração de uma proposta de regionalização do Vazio Sanitário e do calendário de semeadura da soja no Estado de São Paulo.

A atividade contou, também, com a presença da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e outras 10 cooperativas agrícolas, além de representantes do Instituto Biológico e de professores do Pecege (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas), da Esalq/USP.

“O encontro é uma tentativa de irmos de encontro à Portaria DAS/MAPA nº 865/2023 que visa uma gestão adaptada à realidade local do Estado”, comentou Jucileia Wagatsuma, engenheira agrônoma e gerente do Programa Estadual de Vigilância Fitossanitária.

Segundo Francisco Severino, Gerente de Técnicas Agronômicas da COPLACANA, este é um assunto de relevância ímpar para a agricultura paulista.

“A reunião de trabalho permitiu a elaboração de uma proposta de alteração do calendário do vazio sanitário da soja no estado de SP, em função das mudanças climáticas que vem ocorrendo nos últimos anos, em especial no que diz respeito ao regime de chuvas e temperatura, visando o aumento de produtividade das áreas de cultivo de soja”, disse.

“A COPLACANA se sente honrada e prestigiada em sediar essa importante reunião sobre tão importante tema, pois conseguimos congregar instituições oficiais (defesa vegetal – CDA), ensino (USP/ESALQ), pesquisa (Instituto Biológico) e representantes de diversas entidades cooperativistas do estado de São Paulo (setor produtivo) para a elaboração da proposta”, completou o profissional, que também participou do encontro.

Durante os debates, o professor Mauro Osaki, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, abordou os aspectos econômicos relacionados ao controle da ferrugem da soja, evidenciando o impacto significativo que a falta de controle desse problema pode ter sobre o preço final de diversos produtos agrícolas.

Além disso, foram apresentados os aspectos biológicos do fungo causador de ferrugem asiática de soja, Phakopsora pachyrhizi, e o histórico da ferrugem asiática da soja no Estado de São Paulo pela pesquisadora Silvania Furlan, representante do Instituto Biológico.

Jucileia foi a responsável por tratar das questões referentes à legislação do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) com relação ao Programa Nacional de Controle da ferrugem asiática da soja e a obrigatoriedade do cadastro das áreas de produção de soja.

Ao final do encontro, foi elaborada uma proposta para dividir o Estado de São Paulo em três áreas, considerando as condições edafoclimáticas além de características produtivas.

Ela será encaminhada ao MAPA sugerindo três novos calendários, adaptados às especificidades de cada região.

Segundo Armando César Sugawara, consultor de Agronegócio do Sistema Ocesp e organizador do evento, apenas com conhecimento e atitude podemos criar condições favoráveis para o desenvolvimento de todos.

“A proposta técnica regulatória que estamos encaminhando para o governo federal terá um impacto positivo generalizado, ultrapassando as porteiras das fazendas e beneficiando não apenas alguns atores específicos da cadeia produtiva da soja, mas toda a população”, afirmou.

Ainda de acordo com Jucileia, o diálogo com o setor produtivo é fundamental para que a Defesa Agropecuária possa entender as demandas dos produtores de soja, e alinhar questões relacionadas à sanidade vegetal e a produção de soja no Estado de São Paulo.

“Essa colaboração entre pesquisadores, universidades, órgãos reguladores e cooperativas, reflete o compromisso conjunto com a segurança e a sustentabilidade da produção de soja em São Paulo”, finaliza a agrônoma.

 

*Com informações da CDA.