A sigla em inglês ESG (Governança ambiental, social e corporativa) está cada vez mais em alta.
Quando o assunto é agronegócio, a temática também entra em evidência.
Isso se confirma a partir de dados da GSIA (Global Sustainable Investment Alliance) que mostram que 1 em cada 3 dólares investidos globalmente é alocado em ativos ESG.
Segundo o especialista Vitor Ungari, que trabalha para tornar o ESG mais acessível para as organizações, essa temática pode ser definida como a estratégia e a visão de sustentabilidade, não só da parte ambiental, mas também dos riscos, oportunidades e tendências.
“Essas tendências podem ser de consumo, da maior intensidade de mudanças climáticas ou de comportamento dos clientes e investidores. Então, significa enxergar toda a operação de clientes, fornecedores, funcionários, investidores com essa visão clara de critérios relacionados a meio ambiente, social e ética”, ressaltou.
Esse e outros conteúdos foram abordados na palestra online “ESG no agronegócio: como isso impacta minha propriedade?”, realizada no dia 21 de junho para os membros do Núcleo Jovem e Núcleo Mulher COPLACANA.
Durante a oportunidade, ele explicou que a jornada ESG vai muito além do que se imagina.
“Quando entendemos como as opiniões e interesses dos stakeholders, entre eles funcionários, lideranças, comunidades, clientes, influenciam o negócio e vice-versa, as opiniões, melhoramos a consciência do negócio e, nesse processo, também enxergamos oportunidades de negócio a partir da sustentabilidade”, disse o especialista.
Ungari lembrou, ainda, que antes de qualquer indicador, existem pessoas.
“Precisamos estimular aqueles que trabalham na operação do dia a dia a desenvolver uma visão de enxergar os impactos negativos, como a gente consegue mitigá-los, e os impactos positivos. A partir desse entendimento, conseguimos posicionar a empresa e buscar novas alternativas, soluções que vão auxiliar nessa chamada jornada ESG. Isso vai trazer uma grande vantagem competitiva de negócio para a empresa”, comentou.
O palestrante destacou que, além de acompanhar e medir os critérios ESG, é preciso desenvolver uma mentalidade, rompendo algumas crenças.
E a COPLACANA tem contribuído para isso.
“O mundo está mudando e as pessoas precisam acompanhar isso. Hoje, temos uma grande participação de mulheres e jovens nos negócios. E essas pessoas já estão alinhadas com essa nova tendência nesse novo mundo. Assim, conseguirão definir as estratégias de forma mais assertiva.”
Integrante do Núcleo Jovem, Vanessa Aparecida de Andrade Lopes, do Sítio São José, de Penápolis (SP), participou da palestra online.
“O conhecimento auxiliará no nosso dia a dia e facilitará a nossa vida. Foi importante, também, para aprendermos sobre o crescimento, melhor viabilização do negócio, deveres e cuidados com a natureza e com o meio ambiente”, disse.